Professor Fábio Cantizano
Prof. Esp. Fábio Cantizano – UNICONFIT – CREF: 16603-G/RJ

A resposta é simples, emagrecer não é apenas déficit calórico. Comer menos e gastar mais não significa que você emagrecerá, dependendo de como está sua composição corporal.

Diversos fatores contribuem para o acúmulo de peso corporal a ponto da pessoa se tornar obesa:

  • Estilo de vida;
  • Prática de exercícios;
  • Hábitos alimentares;
  • Estresse mental;
  • Fatores genéticos;
  • Depressão;
  • Aspectos sociais, entre outros.
Pessoas comemorando com bebidas, fazendo brinde.
O ambiente que você vive, as pessoas que influenciam sua vida, tudo está ligado ao potencial para conquistar bons resultados.

Os que conseguem perder peso apenas fazendo dieta e praticando exercícios nem sempre estão em nível avançado de obesidade.

Um pouco de acúmulo de gordura na região abdominal pode ser resolvida com exercícios e dieta para a maioria. Obesidade é doença e exige tratamento, além da prática de exercícios.

Orientações para emagrecer com saúde

Leia cada uma delas com atenção, pois é bem provável que você identifique falhas em sua rotina que precisam ser eliminadas.

O sucesso no tratamento está no combate da causa, não apenas dos sintomas, por isso é fundamental cuidar de todos os fatores que influenciam o desenvolvimento da obesidade.

1 – Consulte o quanto antes um médico

Um médico clínico geral poderá encaminhar você para um endocrinologista, um nutrólogo ou psiquiatra, dependendo da necessidade.

Por mais que você pratique exercícios e se alimente de forma saudável, é fundamental que seus hormônios e outros elementos estejam em ordem. Em muitos casos é necessário intervir com medicamentos para ajuste de hormônios e até mesmo controle de ansiedade, caso desconte a mesma na comida.

2 – Não copie seu ídolo

É comum nos inspirarmos em pessoas que já conquistaram os resultados que almejamos, no entanto, o seu cenário é completamente diferente do dele. Isso implica em rotinas e tratamentos completamente diferentes. Tenha-o como inspiração, não como guia.

Uma equipe multidisciplinar é o ideal para você chegar lá.

Respeitar sua individualidade biológica e capacidade de adaptação ao novo estilo de vida é a chave do sucesso nesse momento.

3 – Cogite a terapia

Um psiquiatra pode prescrever, se necessário, medicamentos para controle de ansiedade e compulsão alimentar. Não ignore o fato de que a cabeça em ordem facilitará bastante sua vida.

Pense na possibilidade, se houver condições e indicação, de ter acompanhamento psicológico. Muitas pessoas obesas conseguem manter a nova rotina e estilo de vida por conta desse tipo de acompanhamento.

4 – Não tenha metas impossíveis

Jamais tente resolver em poucas semanas o que construiu ao longo dos anos. Emagrecer rápido pode parecer saudável, mas não é. De nada adianta perder uma boa quantidade de peso em pouco tempo se a maior parte da composição for de músculos e água.

Há uma quantidade segura e saudável de gordura a ser perdida sem sacrificar seus músculos ao longo do processo.

Quanto mais realista for sua meta e mais ajustada for sua rotina, melhor. Não se sabote!

5 – Coma corretamente para a fase

Mulher realizando exercício de alongamento sentada no chão, para as pernas.
Você não precisa ter a disciplina de um atleta de alto rendimento, mas precisa fazer o necessário para chegar onde deseja.

Cada uma das fases do processo de emagrecimento requer uma magnitude de esforço. Uns preferem chamar de sacrifício, não é nosso caso.

Não é saudável cortar alimentos por conta própria. Consulte um bom nutricionista que entenda seus anseios e que seja flexível a ponto de inserir no plano alimentar boa parte dos alimentos que você gosta, possibilitando a continuidade sem se sabotar.

Não preciso repetir que não é inteligente copiar a dieta do seu ídolo ou de qualquer outra pessoa, certo? Fuja das dicas de atletas e personal trainers nessa hora. Dieta é com nutricionista ou com médico especializado no assunto, como o nutrólogo.

6 – Treine com um treinador

Não é necessário ter um personal trainer, embora seja comprovado que o acompanhamento presencial e individualizado potencialize mais seus resultados.

Caso não tenha como contratar um personal trainer, cobre orientação do professor da sua academia. Ele está lá para isso.

Nenhum outro profissional tem habilitação, conhecimento ou experiência para planejar melhor sua rotina de treinos do que o profissional de educação física. Fuja das dicas de médicos, nutris e atletas.

Coloque sua saúde nas mãos de quem estudou para isso e tem experiência em seus objetivos quando o assunto é exercício físico. Lembre-se, um bom profissional tem formação, experiência e é registrado no Conselho Regional de Educação Física.

7 – Planeje a frequência

Quanto menor a frequência na prática de exercícios, maior deve ser a dedicação ao plano alimentar e demais fatores. Se tiver uma boa frequência e ainda assim controlar a compulsão, mais rápido conquistará seus resultados de forma saudável.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda ao menos 150 minutos de exercícios leves/moderados por semana ou 75 minutos moderados/intensos para sair do sedentarismo.

Sabemos que nem todo mundo tem condições de praticar esse mínimo. Sendo assim, duas ou três vezes por semana, com rigor, podem ser suficientes se os demais fatores estiverem controlados.

Considerações finais

Lembre-se, não é fácil emagrecer, mas é extremamente recompensador para saúde e qualidade de vida. Ter médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física em sua vida ajudará bastante. O que você consegue para agora?

Não coloque sua saúde nas mãos de curiosos, ok?

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